DE CÁ E DELÁ

Daqui e dali, dos lugares por onde andei ou por onde gostaria de ter andado, dos mares que naveguei, dos versos que fiz, dos amigos que tive, das terras que amei, dos livros que escrevi.
Por onde me perdi, aonde me encontrei... Hei-de falar muito do que me agrada e pouco do que me desgosta.
O meu trabalho, que fui eu quase todo, ficará de fora deste projecto.
Vou tentar colar umas páginas às outras. Serão precárias, como a vida, e nunca hão-de ser livro. Não é esse o destino de tudo o que se escreve.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

MAR DO NORTE



Quando vier Abril
intumescer de novo o leme eterno
hei-de buscar o Norte,

reencontrar a máscara polar
onde a palavra do mar
se expressa
dura e branca.

Quando vier Abril,
o sorriso da terra,
e a barca estiver cheia
(presunto, azeite e vinho)
hei-de rumar a Norte!

Que mais posso fazer, se a Primavera urge?

Impossível olhar
a barca abandonada.
Fotografias do autor

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