DE CÁ E DELÁ

Daqui e dali, dos lugares por onde andei ou por onde gostaria de ter andado, dos mares que naveguei, dos versos que fiz, dos amigos que tive, das terras que amei, dos livros que escrevi.
Por onde me perdi, aonde me encontrei... Hei-de falar muito do que me agrada e pouco do que me desgosta.
O meu trabalho, que fui eu quase todo, ficará de fora deste projecto.
Vou tentar colar umas páginas às outras. Serão precárias, como a vida, e nunca hão-de ser livro. Não é esse o destino de tudo o que se escreve.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

CHINA ANTIGA


Da primeira vez que estive em Macau e olhei para o outro lado do mar, ainda vislumbrei o mistério naqueles montes arborizados e escuros. Era a China, mundo estranho, próximo e distante, atraente e assustador.
Aquela impressão durou pouco. As quimeras desfazem-se quando se tocam. Os mistérios não resistem à lucidez do olhar.
Hoje, pouco resta do antigo Império do Meio.







A China moderna é um País em rápida transformação. Vai ganhando, entre as Nações o espaço a que tem direito pela dimensão do seu território, pela grandeza da sua população e pela organização do trabalho dos seus habitantes. A sua economia é das mais poderosas do mundo. No conjunto das grandes potências, emerge como a potencialmente maior.




O desenvolvimento industrial e a ocidentalização progressiva dos costumes está a proporcionar-lhe o que a sua civilização milenar lhe negou. Há que saudar a libertação de todo um povo da pobreza e a dignificação de quem deu muito ao mundo, mas é difícil não experimentar nostalgia por todo um passado que se perde no nevoeiro do tempo.





As gravuras que se apresentam foram retiradas do livro A China e os Chineses, de Auguste Borget, reeditado pelo Instituto Cultural de Macau em 1990.
Evocam uma China antiga, profunda e imorredoura.




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