DE CÁ E DELÁ

Daqui e dali, dos lugares por onde andei ou por onde gostaria de ter andado, dos mares que naveguei, dos versos que fiz, dos amigos que tive, das terras que amei, dos livros que escrevi.
Por onde me perdi, aonde me encontrei... Hei-de falar muito do que me agrada e pouco do que me desgosta.
O meu trabalho, que fui eu quase todo, ficará de fora deste projecto.
Vou tentar colar umas páginas às outras. Serão precárias, como a vida, e nunca hão-de ser livro. Não é esse o destino de tudo o que se escreve.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

 

   

   Philip C. Jessup International

         Law Court Competition


A minha neta Leonor foi sempre uma menina brilhante. Está agora a fazer o mestrado de Direito na Universidade de Leiden, na Holanda. Escolheu-o porque o considerava o melhor da Europa, na sua área. Após ter representado Leiden nas rondas nacionais holandesas (cada equipa universitária é composta por cinco elementos),  foi selecionada para integrar um dos dois grupos  que vão representar os Países Baixos na competição de Jessup.  O outro é o da Universidade de Maastricht .

 


Trata-se do maior e mais prestigiado certame de julgamentos simulados de todo o mundo e tem lugar em Washington. 

Irá decorrer entre 30 de março e 6 de abril. A organização suporta as despesas de deslocação e alojamento.  Irão participar no evento 700 Faculdades de Direito de cerca de 100 países. 

Portugal estará também representado. Em 2023, a representação portuguesa esteve a cargo da Universidade Católica que levou a melhor sobre a Universidade Nova e a Clássica na fase nacional da competição.   

Este ano serão abordados problemas que dizem respeito a traidores e a burlões e levantadas questões relacionadas como o direito à expressão política, ao expatriamento, ao direito a uma nacionalidade e ao papel do Conselho de Segurança da ONU na resolução pacífica de disputas.



Neste tipo de certames ( a meu ver) ser selecionado para  participar é já um prémio de grande valor.

Nunca pensei que um neto ou neta minha viesse a ser internacional… pela Holanda!

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

 

                  OS DIAS DO VENTO SUL

 


Foi com agrado e também com certo orgulho que colaborei na apresentação do livro “Os dias do vento Sul”, da autoria do meu colega e amigo Jorge Seabra, que foi galardoado pela segunda vez com o Prémio de Romance da SOPEAM.

Quem conhece os livros do autor entenderá facilmente o agrado, mas poderá surpreender-se pela manifestação de orgulho por uma obra que não é minha. 

Não é minha, mas provem da mesma grande casa simbólica: A República “Kimbo dos Sobas”, em Coimbra. Todos bebemos da mesma fonte.

Estivemos lá em alturas diferentes – apesar do cabelo branco, o Jorge é mais novo do que eu.

A nossa casa era alheia à praxe coimbrã e só aceitou oficializar-se como “República” para ter assento no Conselho das Repúblicas que iria influenciar pela positiva as sucessivas crises académicas em que uma parte considerável da jovem intelectualidade portuguesa contestou a Ditadura e a guerra colonial. Empenhava-se no combate ao colonialismo, na modernização da sociedade portuguesa, no estabelecimento da Democracia e no estreitamento das relações com o conjunto das nações europeias das quais nos separava, geográfica e ideologicamente a Espanha fascista.

O Kimbo foi fundado por estudantes provenientes de Angola. Durante vários anos, além dos angolanos apenas foram ali aceites os são-tomenses, que, por brincadeira eram considerados naturais de mais uma província de Angola. Depois, foram entrando jovens de cá.

É notável o percurso de muita gente que ali se juntou e cresceu intelectualmente. 

De um grupo pouco organizado de estudantes, quase todos com origem ou vivência africana, saíram um primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, dois generais das FAPLA (um deles foi também ministro do governo angolano), um capitão de Abril, um dos engenheiros portugueses mais reconhecidos aquém e além-fronteiras, nove escritores com obra publicada, um cineasta e dois mártires. Como acabamos de ouvir da boca do Pedro Miguéis, saiu também um dos fundadores da Ortopedia Infantil em Portugal.

Próximo, ainda que nunca tenha vivido no Kimbo, andou também o meu amigo Gilberto Teixeira da Silva, o celebrado comandante Gica das FAPLA. Foi ele quem se encarregou de me abrir os olhos para a política no longínquo ano de 1961.

Parece extraordinário, para um grupo que nunca foi numeroso.

Vou citar apenas os escritores. Além do Jorge Seabra e do Trabulo, escreveram e publicaram livros o Manuel Rui ( o mais conhecido de todos nós), o Álvaro Fernandes,  o Ireneu Cruz,  o  António Faria, o Albertino Bragança, o  Fernando Martinho e o China. Não sei porquê, tenho a sensação de me estar a esquecer de alguém. Que me perdoe. Será o peso dos anos…

O livro “Os Dias do Vento Sul” constitui uma obra extensa e complexa. Assenta, em parte, numa estrutura policial, mas ultrapassa largamente os limites da investigação de crimes e expõe em pormenor alguns aspetos sórdidos que parecem constituir subprodutos tóxicos dos modelos de acumulação de capital vigentes no chamado “mundo ocidental”.

Jorge Seabra dá espaço no seu livro a um episódio trágico, dos muitos que assinalaram a II Grande Guerra. O Laconia, um paquete de 40.000 toneladas da Cunard Lines, foi torpedeado por um submarino alemão no Atlântico Sul, quando seguia de Cape Town para o Canadá. Quando o U-156 emergiu, deu com os sobreviventes debatendo-se nas águas. Os marinheiros recolheram os náufragos que puderam e pediram ajuda a dois outros submarinos alemães e a um italiano que navegavam perto. Os passageiros do Laconia foram apinhados nas torres e nos conveses. Pareciam estar a salvo, ainda que cheios de fome e de sede.

Ao terceiro dia, o piloto de um bombardeiro americano avistou os submarinos e bombardeou-os. Os submarinos imergiram, abandonando os náufragos. Poucos terão sobrevivido. Entre eles, a imaginação do autor incluiu Henriqueta Lott e a sua irmã Lora. Salvaram-se, mas nunca mais se voltaram a ver. Jorge Seabra trouxe a Lora para a Figueira da Foz e casou-a com um pescador de bacalhau. 

O autor desenhou uma mão-cheia de personagens carismáticos que se vão interrelacionando de forma que chega a surpreender e, mesmo, a abalar. 

Bem, não vou contar já o livro todo…

Os meus parabéns ao Jorge Seabra!

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

                                  

                                   


Esta é a última vez que organizo a Semana do Autor Médico, um acontecimento bienal que vai na quinta edição e promete continuar. Apresento o programa. 


      V SEMANA DO AUTOR MÉDICO 2023 
 
 

                                           21 a 28 de outubro

                                  PROGRAMA


 Dia 21- Sábado

10:00h – Sessão de abertura - Saudação do Bastonário da Ordem dos Médicos Dr. Carlos Cortes

10:30h – Apresentação do livro de António Lourenço Marques “A Biblioteca de António Lourenço Marques – livros proibidos e 1ªs edições séculos XV, XVI, XVII, XVIII e XIX”; Vol. I - Palestra sobre organização de bibliotecas “Como dar volta aos nossos livros”

12:00h – Inauguração da Exposição de Artes Plásticas e Bibliográfica de Maximiano Lemos - acervos da Biblioteca da Ordem dos Médicos e de António Lourenço Marques Livros de Autores Médicos

13:00h – Almoço 15:00h – Mesa-redonda sobre Maximiano Lemos.

Moderadora: Amélia Ricon Ferraz

Participantes: Tenente Coronel Médico Rui Pires de Carvalho – “Maximiano Lemos-Médico Militar”;

Dra. Mariana Bernardo Nascimento - “ Páginas da Medicina Legal na obra de Maximiano Lemos”;

Amélia Ricon Ferraz - “ O Legado médico-histórico de Maximiano Lemos”.

17:00h – Evocação de Liliana Guerreiro in memoriam da Médica Escritora e Artista. Apresentação do livro “Cuidados de Saúde” por Susana Ribeiro e Herlandina Ribeiro

18:00h - Apresentação do Coro Aesculapides da Região Sul da Ordem dos Médicos, dirigido pelo maestro Bruno Campos

Dia 23 –Segunda-feira

17:00h – Sessão de VideoArte por Júlio Pêgo

17:30h – Conferência por Cristina Moisão “Da Bombarda à Espada- ferimentos e mortes em Álcacer Quibir” 

18:00h – Apresentação do livro “Vento Sul”, de Jorge Seabra por Pedro Miguéis e António Trabulo

Dia 24 – Terça-feira

17:00h – Apresentação do livro de Rui Melancia “Pelos Caminhos da Poesia” por Pedro Miguéis.

17.45 - Conferência pelo Prof. José Manuel Mendes, presidente da APE – Fernando Namora. Uma revisitação.

18.10 h - " A morte da cirurgia como ARTE ? " Reflexão ilustrada do Cirurgião Pediátrico e artista plástico Paollo Casela

Dia 25 – Quarta-feira

17:00h – Apresentação “Fernando Namora - o escritor disfarçado na cidade” por Maria José Leal

17:30h - Apresentação do livro “O diário de bordo de Hope Godsend” de Ana Ferreira Silva

Dia 26 – Quinta-feira

17:00h – Apresentação do livro “Eu servi no CEP” de Ana Ferreira Silva por Maria José Leal 

17:30h – Apresentação dos livros de Carlos Vieira Reis “50 Poemas de Amor, Angústia e Morte” e “Um Rio de Vinho, Um Rio de Sangue”

Dia 27- Sexta-feira

17:00 – Palestra sobre “Os meus Livros de Contos” por António Trabulo

17:30 – Apresentação do livro “No Jardim... No Bosque... Na Savana... Na Floresta…”, de Maria José Leal por Annabela Rita

Dia 28 – Sábado

10.00  - Apresentação do livro coletivo “Médicos nem Deuses, nem Demónios” Homenagem a Fernando Namora - Tertúlia dos Autores.

O livro teve a colaboração de:  António Trabulo, Baltazar Caeiro, Carlos Vieira Reis, Cristina Moisão, David de Morais, Fortuna Campos, Germano de Sousa, Joaquim Barradas e Maria José Leal

11:30h – Apresentação do livro “Terra Velha”, de José Sampaio por Luciano Marmelada 12:00h

13:00h – Almoço

15:00h – Mesa-redonda "As Artes plásticas de hoje para amanhã " conversa entre os membros da mesa e a assistência. Participação dos artistas médicos Teresa Oliveira, Ana Ferreira, Pedro Miguéis, Júlio Pego.

16:30h – Nomeação de sócios Honorários da SOPEAM


sábado, 14 de outubro de 2023

 

               ÁGUAS FURTADAS

                            


    Tenho livros espalhados por vários lugares.

    Aqui há umas semanas voltei ao Algarve e passei os olhos por uma estante, à procura de um livro que me ajudasse a adormecer. A intenção falhou. Dei com este opúsculo de António Barbedo, editado pelo Laboratório Bial. A ilustração é excelente e deve-se a Carlos Magalhães.

   A publicação não tem data. Pelo aspeto da fotografia do autor, será dos primeiros anos deste século.

    António Barbedo é médico psiquiatra. Começou a publicar poesia em 1978. Tem diversos livros publicados e colaborou em algumas antologias. Recebeu, em 1983, o Prémio António Patrício da Sociedade Portuguesa de Escritores Médicos. (Penso que, na altura, os Artistas Médicos ainda continuavam fora da Associação).

   Tive o prazer de o conhecer em anos recentes, em reuniões da SOPEAM. Deu-me a honra de apresentar um livro meu.

     A escrita do livrinho é cuidada, contida e concisa. O bom-gosto do poeta está bem à vista.

   Deixo aqui um dos poemas do opúsculo. Escolhi “Grafite”, mas poderia ter optado por qualquer um dos outros.


                          Grafite


           Esboça um tronco

           e apaga o desenho, volta

           a riscar a raspar incessantemente

           até que da árvore

           resta apenas a própria sombra. 


           Da folha

           guarda a textura quase transparente

           o esfoliar da rasura

           a lâmina húmida do X-acto.


           Ocultar para conhecer.

           Não assinar. 



 


 NOS CONFINS DA NOSSA LÍNGUA

Já não leio tanto como dantes. Por necessidade da escrita, habituei-me a fazer consultas – ia dizendo a estudar - em vez de me dedicar à leitura recreativa.

Calhou há dias retirar duma das estantes dois livros há muito abandonados e porventura  nunca abertos: OS MELHORES CONTOS DE OITOCENTOS, da Esfera do Caos, que contem obras de Alexandre Herculano, Camilo Castelo Branco, Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão e VELHAS ESTÓRIAS de José Luandino Vieira, publicado pela União dos Escritores Angolanos. Ora, em vez de pegar num volume e o ler até ao fim, como fazem os leitores sensatos, deu-me para ler à vez um conto de Herculano e outro de Luandino.

O contraste não poderia ser maior.



Herculano dedica-se a fazer incursões pelo nosso passado histórico e alimenta em parte os seus escritos com a recriação de velhas lendas perdidas no pó dos séculos. Recolhe vocábulos há muito esquecidos e enfeita com eles a sua prosa.

Negócio grave, por certo, o fez sair a tais desoras da crasta da sua Sé.

 


Luandino escreve de uma maneira muito própria. Transcreve para os textos a linguagem popular dos meninos dos bairros pobres da Luanda onde cresceu ( o escritor nasceu em Portugal mas foi para Angola com três anos de idade), o que torna fácil tropeçar na sua linguagem.

Mais velho cospe ignorância deles, xacata seus passos de cágado sábio.  

Herculano faz-se arcaico, para parecer mais ao jeito da época em que situa a narrativa: 

À porta do aguião, em Toledo, tem a mourisma um grande campo, todo mui bem apalancado.  Ali fazem grandes festas, guinolas e touros nos dias de seus perros santos, segundo lá lhos pregam e determinam catibes e ulemás. 

Luandino chega a registar algumas ideias em kimbundo, o que as faz incompreensíveis para a maioria dos leitores portugueses, e desconfio mesmo que se compraz em inventar palavras novas. A sua prosa está impregnada das expressões que vivenciou. A construção das frases esquece com frequência a tradição portuguesa e mergulha na oralidade vivida mesmo ao lado.

Bungulava, o mais velho? Se ouviam gungumes de bode, cada vez às noites, muitos que juravam fogueira do guarda acendia sem o pau de fósforos, tudo só magicaria.

Enuncia, de onde em onde, provérbios da sabedoria tradicional angolana:

Menina mania morreu nova, ngana prudência foi no óbito 

Durante alguns dias, fui navegando entre a Dama Pé de Cabra e Muadiê Gil, o Sobral e o Barril e entre O Bispo Negro e Manana, Mariana, Naninha. Tinha assim, ao alcance do braço, dois dos extremos da língua portuguesa.



Conheci a escrita de Alexandre Herculano muito cedo, logo no princípio da puberdade. Eu era um leitor compulsivo e tinha em casa algumas estantes com livros. Ali perto, estava aberta a biblioteca da catedral do Lubango e, um pouco mais longe, podia dispor da do Liceu Diogo Cão. Cresci numa época em que poucos sonhavam com as tecnologias de agora. Na Angola do meu tempo, não existia televisão.




Tomei conhecimento da existência de José Luandino Vieira pela mão do Fernando Sabrosa, companheiro dos 1000-Y-onários, a república que ficava do outro lado da nossa ( Kimbo dos Sobas), na rua Antero de Quental, em Coimbra. O Sabrosa assumira a missão de distribuir o Luuanda pela malta. Seria por volta de 1964. Depois, durante alguns anos, quase não voltei a ouvir falar do autor. Soube apenas que tinha sido preso pela polícia política e que conhecera várias prisões de Luanda antes de ser enviado para o Tarrafal, em Cabo Verde, onde passaria oito anos. Aliás, Luandino passou em calabouços muitos dos anos em que a vida de um escritor é mais fértil e produtiva.

Anos mais tarde, soube que a Linda, a sua primeira esposa, casara em segundas núpcias com o Mário, irmão de dois amigos meus muito chegados.

Em 1965, a Sociedade Portuguesa de Escritores atribuiu a José Luandino Vieira o Grande Prémio de Novela, pela sua obra Luuanda. A honraria determinou a extinção daquela associação de escritores pela censura fascista.

No ano de 1972, Luandino saiu em liberdade condicional e domiciliou-se em Lisboa, sob vigilância policial.

Após o 25 de Abril, regressou  a Angola. O MPLA reconheceu o seu valor e o seu passado de sacrifício e nomeou-o diretor do Departamento de Orientação Revolucionária. Foi ainda diretor da Televisão Popular de Angola e, depois, do Instituto Angolano de Cinema.  

No entanto, Angola mudara e ele também. Em 1992, regressou a Portugal, onde nascera e foi viver para uma zona rural do Minho, perto de vila Nova de Cerveira. A razão próxima da desistência da causa de uma vida terá sido o reinício da guerra civil angolana. Outros motivos haverá, mas o escritor calou-os.

No ano de 2006, foi-lhe atribuído o Prémio Camões. Para espanto de muitos, recusou a maior honraria da literatura de língua portuguesa. O prémio tinha um valor pecuniário de 100.000 euros e Luandino vivia pobremente. Diria mais tarde que o recusara por se considerar um escritor morto e que o galardão deveria ser atribuído a alguém mais ativo nas letras. No entanto, Luandino continuava a escrever e, ainda nesse ano, publicou outros dois livros. Ninguém sabe o que lhe ia na alma.

Alexandre Herculano nasceu em 1810 e faleceu em 1877. Está sepultado no Mosteiro dos Jerónimos.

Luandino Vieira conta 88 anos. Espero que viva mais uns tantos.



quinta-feira, 5 de outubro de 2023

   

              VIVA A REPÚBLICA !





sexta-feira, 28 de abril de 2023

 

                     
MARCOS NO CAMINHO 

 

No conjunto, os meus blogues “decaedela” e “historinhasdamedicina” ultrapassaram há dias o quarto de milhão de leitores. A efeméride teria de ser assinalada.

O número de visitas do “historinhasdamedicina” é ligeiramente superior ao registado pelo “decaedela”, embora este seja mais antigo e tenha mais artigos publicados (501 contra 186 de temas médicos históricos).

As nacionalidades dos visitantes diferem consideravelmente de blogue para blogue. No “decaedela” predominam os leitores de Portugal, com 38% das visitas, seguidos de perto pelos Estados Unidos da América. A Holanda vem em terceiro lugar.

No “historinhasdamedicina”, o Brasil figura em primeiro lugar, ligeiramente à frente de Portugal. Seguem-se os E.U.A. e a Rússia. 

Estou em crer que a diáspora dos portugueses apenas em parte explica a origem geográfica dos leitores. Julgo que um número considerável recorre à tradução automática.

Curiosamente, para além do Brasil, o único país lusófono referido como ponto de origem dos meus leitores é Cabo Verde.