CANTO DO VELHO DO RESTELO
Eu sei que minhas mãos são como ramos
em que poisam, à vinda, as andorinhas
e quando chega Abril, juntos cantamos
E quando o Outono vem, ficam sozinhas.
Eu sei que as minhas mãos são como praia
em que naufragam naus das descobertas
tomando as minhas luzes de atalaia
por faróis, por sinais de rotas certas.
Eu sei que em minhas mãos se ergueram casas,
palavras, naus, e o sonho de abalar,
mas se as fecho, sinto quebrar de asas
e se as abro, gritos de afogar.
Eu sei que minhas mãos são como ramos
em que poisam, à vinda, as andorinhas
e quando chega Abril, juntos cantamos
E quando o Outono vem, ficam sozinhas.
Eu sei que as minhas mãos são como praia
em que naufragam naus das descobertas
tomando as minhas luzes de atalaia
por faróis, por sinais de rotas certas.
Eu sei que em minhas mãos se ergueram casas,
palavras, naus, e o sonho de abalar,
mas se as fecho, sinto quebrar de asas
e se as abro, gritos de afogar.
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