PRÉMIO MANUEL TEIXEIRA GOMES
Transcrevo a notícia de Sul Informação, datada de 9/12/2019
A novela “O Diário
de Antero Maleano”, de António Trabulo, venceu a edição deste ano do Prémio
Literário Manuel Teixeira Gomes, que foi entregue quinta-feira, dia 12 de
dezembro, numa cerimónia inserida nas Comemorações Oficiais do Dia da Cidade e
marcada para a Biblioteca Municipal Manuel Teixeira Gomes, a partir das 21h00.
O
júri da edição 2019 decidiu, por consenso, atribuir o Prémio a este romance que
acompanha a vida de um matador solitário, que espera pela próxima encomenda: a
que indicará uma nova vítima, a mando de uma organização representada por um
tal Demócrito.
Na
cidade de Setúbal, Antero recorda um percurso cheio de peripécias em geografias
tão diversas como os Balcãs, a América do Sul ou os Estados Unidos. Isto
enquanto nos revela um dia-a-dia de tédio e de poucos contactos no espaço
limitado do bairro onde tem um apartamento e de onde raramente se afasta
Segundo
o júri, «o registo diarístico coloca-nos perante uma escrita simples, objetiva
e muito segura, marcada quase sempre pelo inesperado. O amor, a solidão, os
traumas, a esperança, o desejo, a amizade, a indiferença, tudo isto está neste
diário criado por António Trabulo. Talvez o maior espanto, ao lê-lo, venha da
forma seca como os factos nos são apresentados, criando no leitor a sensação de
falta de futuro, que é o que parece acontecer com o próprio Antero e com as
personagens que surgem à sua volta.»
António
Trabulo nasceu em Almendra (Foz Coa), em 1943. Fez os ensinos primário e
secundário em Sá da Bandeira (atual Lubango), Angola. Estudou em Coimbra e
cumpriu o serviço militar no navio hospital Gil Eannes. Médico aposentado, foi
Chefe do Serviço de Neurocirurgia do Hospital dos Capuchos, em Lisboa. É
presidente da Sociedade Portuguesa de Escritores e Artistas Médicos. Publicou
romances, novelas, contos, biografias e ensaios.
O
Prémio Literário Manuel Teixeira Gomes destina-se a todos os autores nacionais,
a cidadãos de países de língua oficial portuguesa, cidadãos comunitários e,
ainda, a demais cidadãos estrangeiros com situação regularizada de permanência
em Portugal.
Para
além de constituir uma justa homenagem ao respetivo patrono, cuja vida e obra
se encontram intimamente ligados a Portimão, ao Rio Arade e ao próprio Algarve,
consubstancia iniciativa de especial relevância no âmbito da literatura
nacional.
Um grande abraço! Parabéns, pelas obras!
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