DE CÁ E DELÁ

Daqui e dali, dos lugares por onde andei ou por onde gostaria de ter andado, dos mares que naveguei, dos versos que fiz, dos amigos que tive, das terras que amei, dos livros que escrevi.
Por onde me perdi, aonde me encontrei... Hei-de falar muito do que me agrada e pouco do que me desgosta.
O meu trabalho, que fui eu quase todo, ficará de fora deste projecto.
Vou tentar colar umas páginas às outras. Serão precárias, como a vida, e nunca hão-de ser livro. Não é esse o destino de tudo o que se escreve.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

                                                 ALMENDRA



  Os amigos que visitam este blogue com alguma regularidade têm certamente reparado no ritmo variável da publicação de novos artigos. Esclareço que não sofro de uma perturbação maníaco-depressiva da personalidade, com períodos alternados de sentimentos de exaltação e de minoração. O que se passa é que quando me empenho na escrita de livros, deixo os blogues para trás. A obra que estou a ultimar sobre Amílcar Cabral representou uma exceção, uma vez que foi sendo publicada em rascunho à medida que nascia. Terminei agora a revisão «grande» deste trabalho. Irá seguir-se um estágio na gaveta, para que possa madurar antes de receber os retoques finais.  
   O «Historinhas da Medicina» tem sido mais prejudicado pela minha falta de disponibilidade. Curiosamente, apesar de contar com pouco mais da quarta parte das 263 publicações do «De cá e de lá», tem visto o número de leitores crescer. As suas visitas representam já 40% do conjunto dos dois blogues, com a particularidade de a maioria provir do Brasil e incluir uma participação significativa de alguns países de língua espanhola da América Latina.
  Julgo que é tempo de dar mais atenção neste blogue à terra que me viu nascer.
 Aproveitando o reencontro com o meu conterrâneo e amigo de longa data António Moreirão, iremos publicar uma dúzia de pequenos artigos sobre Almendra e a região em que está inserida.
   Almendra é a maior freguesia do concelho de Foz Coa. Em anos recentes, Foz Coa deixou de ser «Vila Nova» para ser promovida a cidade enquanto   Almendra voltava a ser vila, como tinha sido durante mais de cinco séculos (desde 1298 até à reforma administrativa de Fontes Pereira de Melo, em 1855). São visíveis as ruínas da sua Câmara Municipal.
    A estação de Almendra, na extinta Linha do Douro, era a última antes da fronteira de Barca d`Alva. Da linha do caminho-de-ferro à vila vão 13 quilómetros de estrada serpenteante.




   Almendra é terra de amêndoa, azeitona e vinho. Em anos recentes, as suas terras voltaram a receber bacelos, uma prática interrompida pela praga de filoxera que devastou as vinhas portuguesas por volta de 1870. A conhecida marca de vinhos «Barca Velha» é produzida a partir de uvas produzidas nas terras de Almendra.


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