DE CÁ E DELÁ

Daqui e dali, dos lugares por onde andei ou por onde gostaria de ter andado, dos mares que naveguei, dos versos que fiz, dos amigos que tive, das terras que amei, dos livros que escrevi.
Por onde me perdi, aonde me encontrei... Hei-de falar muito do que me agrada e pouco do que me desgosta.
O meu trabalho, que fui eu quase todo, ficará de fora deste projecto.
Vou tentar colar umas páginas às outras. Serão precárias, como a vida, e nunca hão-de ser livro. Não é esse o destino de tudo o que se escreve.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011



                                                MÁSCARAS  (III)

    Apenas uma das minhas máscaras tem registada a origem e a data da aquisição. É uma máscara mukishi KATOYO, com barrete de pele de macaco. Foi recolhida em 1970 na aldeia Samucambo, próximo do rio Luele, na Lunda pelo tio do meu amigo António Machado que teve a gentileza de ma oferecer.


    Todas as outras foram identificadas (com alguma margem de erro) por aproximação a fotografias de livros de arte africana. Mostro aqui alguns exemplares. Julgo que, na maioria dos casos, se trata de cópias.
     Uma das minhas máscaras Dan poderá ser autêntica e talvez tenha sido “dançada”. A beleza da face de mulher, os olhos em fenda, os malares proeminentes e a ausência de orelhas são características das máscaras da tribo Dan, que vive em regiões contíguas da Libéria, da Guiné e da Costa do Marfim.


     Máscara MUKINKA. 
     As máscaras Asalampasu, do Kasai, são caracterizadas pela fonte bombeada e pelo revestimento da madeira com lamelas de cobre. 


     Máscara feminina KIFWEBE, Songye, República Democrática do Congo.


     Os escudos SONGYE, com traços semelhantes, decoram a a cubata onde são conservadas as máscaras da sociedade KIFWEBE.


     Máscara-elmo em Janus. Fang. Gabão/ Giné Equatorial/ Camarões  


     Máscara de dança NGIL, Fang, Gabão, Camarões do Sul, Guiné Equatorial.
     As máscaras Ngil caracterizam-se pelos rostos alongados, com o branco a preponderar na pintura.


     Máscara BAMILEKE, Grassland, Camarões.


     Máscara AUÉ – rosto feminino, cornos a sugerir um búfalo, bico de ave a tocar a testa. Yauré, Benu, Costa do Marfim. 
      Usada pelos membros masculinos da sociedade DIÉ.


     Máscara BAKWELE, Gabão. 
     Olhos oblíquos, ausência de boca, rosto em forma de coração, duplicação de formas.


    Máscara de circuncisão MBAGANI. República Democrática do Congo.
    Caracteriza-se pelas grandes órbitas e pelo queixo pontiagudo, prognático.


     Tenho mais algumas dezenas de máscaras sobre as quais desconheço quase tudo. Aos poucos, lá vou conseguindo uma ou outra informação.



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