DE CÁ E DELÁ

Daqui e dali, dos lugares por onde andei ou por onde gostaria de ter andado, dos mares que naveguei, dos versos que fiz, dos amigos que tive, das terras que amei, dos livros que escrevi.
Por onde me perdi, aonde me encontrei... Hei-de falar muito do que me agrada e pouco do que me desgosta.
O meu trabalho, que fui eu quase todo, ficará de fora deste projecto.
Vou tentar colar umas páginas às outras. Serão precárias, como a vida, e nunca hão-de ser livro. Não é esse o destino de tudo o que se escreve.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011




A Federico Garcia Lorca


TRANÇAS DE AZEITONA


A menina das tranças de azeitona

Roubou o ninho da cotovia

E por sortes de alquimia

Doirou os ovos pequenos

Com o luzir das estrelas.


Sem saber o que fazia,

Fez sarcófagos pintados.



           NOITE


Verte-se o cântaro negro

Sobre o verde mês de Abril

E a foice da lua ceifa

Mal me quer, bem me quer.

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