DE CÁ E DELÁ

Daqui e dali, dos lugares por onde andei ou por onde gostaria de ter andado, dos mares que naveguei, dos versos que fiz, dos amigos que tive, das terras que amei, dos livros que escrevi.
Por onde me perdi, aonde me encontrei... Hei-de falar muito do que me agrada e pouco do que me desgosta.
O meu trabalho, que fui eu quase todo, ficará de fora deste projecto.
Vou tentar colar umas páginas às outras. Serão precárias, como a vida, e nunca hão-de ser livro. Não é esse o destino de tudo o que se escreve.

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

CAMILO AO PANTEÃO!

 

CAMILO AO PANTEÃO!

 

Volto a publicar este artigo, que data de dezembro de 2009. Nada retiro ou acrescento ao que escrevi na altura.

                   

No mês de junho de 1910, irão contar-se 120 anos sobre a morte de Camilo Castelo Branco. Não se poderá falar de comemoração, porque os suicídios não se comemoram, mas entendo que os acontecimentos de vulto devem ser assinalados.

 O século XIX permitiu fixar as bases da língua portuguesa atual. Essa obra deve-se a escritores de génio como Garrett, Camilo e Eça de Queirós (que Alexandre Herculano me perdoe...) e grandes poetas como Antero de Quental.

 Neles enraíza tudo o que de melhor se escreveu em Portugal, desde então.
         Entre esses grandes vultos, nenhum foi tão genuinamente português como Camilo, nem tão apegado à fala e aos costumes da nossa gente. Garrett e Eça andaram pelo mundo e receberam influências daqui e dali. Camilo relatou não ter posto os pés fora do solo pátrio. É nas suas páginas que mais claramente se sente o pulsar dos corações portugueses.
            O seu corpo foi depositado no Jazigo de Freitas Fortuna, no Cemitério da Irmandade da Lapa, no Porto.

  É tempo de seus restos mortais serem traduzidos para o Panteão Nacional, onde está sepultado Garrett.

Proponho iniciar na Internet um movimento de coleta de assinaturas destinado a influenciar o ministério da Cultura nesse sentido.


António Trabulo

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