CAMILO AO PANTEÃO!
Volto a publicar este artigo, que data de dezembro de 2009. Nada retiro ou acrescento ao que escrevi na altura.
No mês de junho de 1910, irão contar-se 120 anos sobre a morte de Camilo Castelo Branco. Não se poderá falar de comemoração, porque os suicídios não se comemoram, mas entendo que os acontecimentos de vulto devem ser assinalados.
O século XIX permitiu fixar as bases da língua portuguesa atual. Essa obra deve-se a escritores de génio como Garrett, Camilo e Eça de Queirós (que Alexandre Herculano me perdoe...) e grandes poetas como Antero de Quental.
Neles enraíza tudo o que de melhor se escreveu em Portugal, desde então.
Entre esses grandes vultos, nenhum foi tão genuinamente português como Camilo, nem tão apegado à fala e aos costumes da nossa gente. Garrett e Eça andaram pelo mundo e receberam influências daqui e dali. Camilo relatou não ter posto os pés fora do solo pátrio. É nas suas páginas que mais claramente se sente o pulsar dos corações portugueses.
O seu corpo foi depositado no Jazigo de Freitas Fortuna, no Cemitério da Irmandade da Lapa, no Porto.
É tempo de seus restos mortais serem traduzidos para o Panteão Nacional, onde está sepultado Garrett.
Proponho iniciar na Internet um movimento de coleta de assinaturas destinado a influenciar o ministério da Cultura nesse sentido.
António Trabulo
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