DE CÁ E DELÁ

Daqui e dali, dos lugares por onde andei ou por onde gostaria de ter andado, dos mares que naveguei, dos versos que fiz, dos amigos que tive, das terras que amei, dos livros que escrevi.
Por onde me perdi, aonde me encontrei... Hei-de falar muito do que me agrada e pouco do que me desgosta.
O meu trabalho, que fui eu quase todo, ficará de fora deste projecto.
Vou tentar colar umas páginas às outras. Serão precárias, como a vida, e nunca hão-de ser livro. Não é esse o destino de tudo o que se escreve.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

               
PIRÂMIDES, PRISMAS

E CANDIDATURAS





Falta menos de um mês para as eleições presidenciais portuguesas. As televisões acompanharam os rituais de entrega no Tribunal Constitucional das assinaturas necessárias para formalizar as candidaturas.
A lei determina que elas possam ser apresentadas por um mínimo de 7.500 e um máximo de 15.000 cidadãos eleitores. As propostas têm de cumprir determinados requisitos e continuam a ser feitas em suporte de papel, o que torna o conjunto delas volumoso.
Há alguns dias, um dos candidatos fez dispor orgulhosamente a pilha das propostas que o apoiavam num prisma quadrangular e chamou-lhe pirâmide por três vezes.


Não está provado que a posse de conhecimentos elementares de geometria ajude a fazer bons governantes, mas é pouco provável que a ignorância os beneficie. Não digo o nome do candidato em questão, mas declaro que não voto nele.

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