DE CÁ E DELÁ

Daqui e dali, dos lugares por onde andei ou por onde gostaria de ter andado, dos mares que naveguei, dos versos que fiz, dos amigos que tive, das terras que amei, dos livros que escrevi.
Por onde me perdi, aonde me encontrei... Hei-de falar muito do que me agrada e pouco do que me desgosta.
O meu trabalho, que fui eu quase todo, ficará de fora deste projecto.
Vou tentar colar umas páginas às outras. Serão precárias, como a vida, e nunca hão-de ser livro. Não é esse o destino de tudo o que se escreve.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014


        ARREFECIMENTO GLOBAL?

      AFINAL, DEVEREMOS IMPORTAR CAMELOS OU FOCAS E PINGUINS?



Durante as últimas dezenas de anos assistimos à mobilização da opinião pública mundial para a luta contra o aquecimento global do planeta provocado pela acumulação na atmosfera de gases produzidos pela laboração industrial e também pela produção pecuária. Esses gases são o vapor de água, o anidrido carbónico, o metano, o óxido nitroso e os clorofluorocarbonos. Retêm parte da irradiação infravermelha emitida pela superfície da terra e devolvem-na à origem, mantendo o planeta aquecido e permitindo a existência da vida. 
Será o vapor de água que tem maior importância neste processo, mas a sua emissão depende essencialmente de causas naturais. No caso do metano, a criação intensiva de animais terá apenas substituído as emissões provenientes da fauna selvagem.


O que é bom mantido em proporções naturais pode tornar-se catastrófico se aumentar de forma desmedida. Em 1988, a ONU e a Organização Meteorológica Mundial criaram o IPCC (Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas). O IPCC afirma que o nosso planeta aqueceu no decurso dos últimos cinquenta anos e que esse aquecimento é provavelmente devido ao efeito do aumento dos gases de estufa. O consequente derretimento das calotas de gelo nos polos tenderá a fazer subir o nível médio das águas do mar, ameaçando inúmeras cidades ribeirinhas em todo o mundo. Têm-se realizado sucessivas conferências internacionais para debater o assunto e procurar responsabilizar as nações pela sua quota-parte de responsabilidade na contaminação atmosférica. Esta questão serve de bandeira a numerosas organizações ecologistas.



É facto que a revolução industrial, iniciada há perto de dois séculos, tornou mais espessa a camada de gases atmosféricos. O aquecimento exagerado das regiões tropicais e subtropicais poderá estar a contribuir para a expansão dos desertos, com a consequente redução das áreas de cultivo e de criação de gado. Por outro lado, têm-se verificado nos últimos fenómenos meteorológicos extremos. Ocorrem secas em várias regiões do globo, enquanto outras são afligidas pelas inundações. Os furacões começam a atingir zonas em que dantes eram desconhecidos.



No entanto, a meteorologia tem-se revelado mais volúvel que muitas mulheres e será bom lembrar que o planeta assistiu já a várias glaciações.
Semanas atrás, as televisões ocuparam-se da tentativa de salvamento de uma expedição ao Polo Sul, tentada por um navio quebra-gelos chinês que acabou por ficar também retido no gelo. Foi testemunhado, na altura, um incremento notável nas áreas congeladas do Árctico.  


   Agora é a Time que refere um aumento de 60% da área oceânica coberta de gelo, no decurso do último ano. Será que se trata de mais uma das variações em que a meteorologia é fértil, ou teremos outra glaciação à porta?


Quem terá razão? Os que nos aconselham a importar camelos ou os que sugerem que nos habituemos ao gosto da carne de foca?

Notas: O pinguim é da Time. As fotografias foram retiradas da Internet.

3 comentários:

  1. está tudo ligado, podemos importar camelos, ou comermos focas ao almoço, nada nos livra da morte do planeta. começou, já não para.
    em 1974, dizia-se in DN : - investigações realizadas pelo instituto de estudos sobre o meio ambiente da universidade de Wiscosin, dirigidas pelo prof. Reid Bryson, demonstram, com muitos mapas e gráficos, que a Terra começa a sentir os efeitos de uma nova era galciar que muito lentamente terminará por açoitar, sem piedade, o destino da humanidade. isto dizia-se em 1974, aos anos que foi, não se espera qualquer milagre que salve a finitude de um planeta moribundo. coisas a acontecer que não param de acontecer: tempestades, chuva que parece pedras, temperaturas demasiado baixas ou demasiado altas, ondas alterosas e outros fenómenos. já escrevi sobre isto, chamei-lhe the world the flesh and the devil, o homem acorda sozinho num planeta abandonado.tirei o nome a um filme antigo.

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  2. sorry dever-se-á ler glaciar em vez de galciar:)

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  3. Pelo menos uma coisa é verdade, e aproveito para dizer entretanto, que estou de acordo com o que acabei de ler.
    O que é verdade é que cada vez temos menos Verão, apesar de surgirem dias com temperaturas extremas, mas começa tarde e é irregular, a Primavera quase já não se dá por ela, e o Inverno começa no Outono e bate recordes de frio.
    Isto passa-se na Europa, América do Norte, e também começa a acontecer no hemisfério Sul.
    Cada vez mais a teoria do aquecimento global tem menos factos que a sustentam, apesar daqueles que a defendem ainda se "agarrarem" à ideia quando temos para aí uns dias de calor.
    Entendo que devemos combater a poluição, sim, mas ignorar os factos como esses senhores do "aquecimento global " fazem... Não! Isso assim não é ciência!

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