Capítulo VII
Quem poderia ser? E por que alguém quereria
matá-lo? MacLarens tinha dúvidas, estava preocupado. Tanto o seu irmão como o
seu pai tinham sido assassinados por causa do “dom”. Seria aquele o seu
destino? Morrer sem mulher e sem filhos?
-A cientista já tem os resultados das análises do
bilhete. Temos de ir a Paris. – disse Lasone, desligando o telemóvel.
Foram até ao carro e rapidamente chegaram a
Paris. A sede dessa cidade era muito mais bela que a de Reims, onde ele estava
instalado.
- Mellie, conte-nos as novidades? – Pediu
Fréderique, mal chegaram ao laboratório.
- Não consegui tirar nada do bilhete ou do cesto.
Estava escrito a computador e não tinha uma única impressão digital, um cabelo…
Quem mandou isto teve de imprimir o bilhete, pensei eu, e por isso fui ver em
que impressora tinha sido.
- E… - interrompeu Lasone.
- E descobri que isto foi imprimido numa AFCC. Não
sei de qual. – continuou Mellie.
- Já desconfiava. É triste saber que alguém da
nossa confiança, nos tenha traído. – disse Fréderique. – Agora tenho de ir.
Precisam de mim em Notre Dame.
E dito isto saiu do edifício.
- Então está melhor. – Perguntou Mellie. – Ontem
parecia um pouco… deprimido.
- Sim, apesar de ontem ter sido um dia cheio de
novidades e hoje ter descoberto que me querem assassinar, estou mais calmo -
Disse, em tom sarcástico.
Mellie riu-se, timidamente.
Desde o primeiro momento em que a vira que
MacLarens estava a tentar convidá-la para almoçar, mas ainda não tinha ganho
coragem. Mas, vendo aquele sorriso, ganhou toda a força precisa e disse:
- Quer vir almoçar comigo? Conheço um restaurante
ótimo aqui na zona.
Surpresa com aquele pedido, Mellie não sabia o que devia fazer e por isso
aceitou.
MacLarens sorriu e acompanhado por Mellie saiu do edíficio e dirigiu-se ao
restaurante.
- Isto é muito bonito. – Disse Mellie, mal
entraram.
- Marie, arranje-nos uma mesa. – Pediu Joshua á
empregada.
- Joshua, há, quanto tempo! – Disse Marie. – Uma
mesa para o nosso cliente mais querido!
Após dizer isto, afastou-se e foi ajudar os
empregados.
Sentaram-se e começaram a comer, rindo e
conversando, alegremente.
- Como conheceu o meu irmão se ele estava retido em
Reims? – perguntou MacLarens.
- O seu irmão ajudou-nos a resolver o caso do seu
pai.
- Onde estava ele quando morreu?
- Estava em casa da minha irmã, mas ela foi para
fora na véspera. Ele era muito teimoso. Eu sabia que ele não devia ter ficado
sozinho. – Disse Mellie, deixando escorrer uma lágrima pela cara.
- Não chores. A única pessoa que devia sentir-se
culpada é quem cometeu este crime terrível. – Declarou Joshua, limpando a
lágrima da cara da cientista. – Mas mudando de assunto…
E assim ficaram a conversar até o telefone começar a tocar.
- Joshua, temos um problema e só poderemos ir para Reims á noite. – disse Fréderique, quando MacLarens atendeu o telemóvel.
- Estou em Paris até tarde. Acho que vou à Torre Eiffel. – Contou Joshua.
- Quer companhia? O meu turno já acabou e não tenho planos para a tarde.
- Toda a companhia é bem-vinda.
E assim ficaram a conversar até o telefone começar a tocar.
- Joshua, temos um problema e só poderemos ir para Reims á noite. – disse Fréderique, quando MacLarens atendeu o telemóvel.
- Estou em Paris até tarde. Acho que vou à Torre Eiffel. – Contou Joshua.
- Quer companhia? O meu turno já acabou e não tenho planos para a tarde.
- Toda a companhia é bem-vinda.
Capítulo VIII
Saíram do restaurante e dirigiram-se à Torre
Eiffel.
Joshua entrou para a fila, mas Mellie não o fez.
- O que está a fazer? – Perguntou MacLarens.
- Sou da polícia. Isto é uma das vantagens. Venha!
Joshua seguiu Mellie até ao átrio, onde entraram no elevador.
- De todas as vezes que cá vim, nunca estive tão
bem acompanhado. – Disse MacLarens.
Tanto Mellie como Joshua pensavam da mesma forma,
como se estivessem ligados por uma força poderosa, e ambos gostavam dessa
conexão.
Quando chegaram ao topo, uma agradável brisa
passou e o cheiro a flores da Primavera pairou no ar. A vista dali era magnífica.
- Por muitas vezes que cá venha, isto traz-me
sempre uma sensação nova. – Disse Mellie, com o cabelo a esvoaçar.
Quando ela disse isto, MacLarens não conseguiu
resistir à tentação e beijou-a num cenário quase perfeito.
Ambos sorriram. Mellie estava a sonhar com aquele momento desde que vira Joshua. E no pior momento que podia, o telefone de MacLarens começa a tocar,
dentro do seu bolso.
- Desculpe, é o Fréderique, tenho mesmo de atender.
Estou. – Disse, quando atendeu o telemóvel.
-Temos de voltar para Reims.
- Tenho de ir. Lamento estragar o encontro, mas
Lasone diz que é importante. – Disse Joshua, despedindo-se de Mellie e
afastando-se até ao elevador.
Tanto Mellie como Joshua ficaram com o coração
destroçado, por Fréderique ter ligado naquele preciso momento, mas sabendo que
se voltariam a ver sorriram por dentro.
Já no carro, MacLarens perguntou a Fréderique
porque tinha ele tanta pressa e ele respondeu que tinham posto outro bilhete á
porta.
- Outro? Já o leram? – Perguntou Joshua.
- Não, estão à nossa espera. A partir de agora, o
senhor não virá comigo com tanta frequência. – Disse Lasone, com um ar sério.
MacLarens não disse nada, mas ficou devastado por
dentro. Agora, veria menos vezes Mellie e ajudaria menos no caso. Ficaria quase
que retido em Reims.
- Mudando de assunto… Como correu o seu encontro? –
Perguntou Fréderique.
Como poderia ele ter descoberto? Joshua ainda não lhe tinha contado nada
acerca do seu dia com Mellie.
- Como é que sabe que eu estive com alguém? –
Perguntou MacLarens intrigado.
- O senhor está em perigo de morte. Todos os seus
momentos, quer esteja acompanhado ou sozinho, são vigiados.
- Por quem?
- Não queira saber de mais. Um dia poderá
arrepender-se dessa curiosidade.
- Não se trata de curiosidade se se tratar da minha
própria vida. Porque não me disseram? – Disse Joshua, irritado.
- Já sabíamos que iria ter essa reação. O seu
irmão também a teve.
- Porque repetem comigo exatamente o que fizeram
com Marc? Também é um teste? – Perguntou Joshua. Aquelas eram apenas de muitas
perguntas que tinha para fazer Lasone.
- A curiosidade mata. Lembre-se disto.
MacLarens não ripostou mais, apesar de ser aquela
a sua vontade. Ele iria descobrir toda a verdade e disso tinha a certeza.
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