DE CÁ E DELÁ

Daqui e dali, dos lugares por onde andei ou por onde gostaria de ter andado, dos mares que naveguei, dos versos que fiz, dos amigos que tive, das terras que amei, dos livros que escrevi.
Por onde me perdi, aonde me encontrei... Hei-de falar muito do que me agrada e pouco do que me desgosta.
O meu trabalho, que fui eu quase todo, ficará de fora deste projecto.
Vou tentar colar umas páginas às outras. Serão precárias, como a vida, e nunca hão-de ser livro. Não é esse o destino de tudo o que se escreve.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012


           SOLUÇÕES PARA A CRISE?





Não sou economista. No entanto, não é necessário ser médico ou enfermeiro para criticar a política de saúde, nem é preciso ser militar para formular opiniões sobre defesa nacional.
Atrevo-me, portanto, a pensar que seria possível compatibilizar em parte a diminuição da despesa pública, resultante da supressão dos subsídios aos funcionários públicos e pensionistas e o aumento das receitas, conseguido à custa do agravamento do IRS, com a manutenção de algum poder de compra capaz de reanimar um pouco a procura interna e de aliviar a recessão económica em Portugal.
Nem sequer seria preciso inventar nada. Bastaria lembrar o que fez em tempos Mário Soares, ao pagar os subsídios de Natal com certificados de aforro, e introduzir algumas modificações nesse processo.
Metade do subsídio retido aos funcionários públicos e pensionistas e uma terça parte do aumento previsto para o IRS no Orçamento do Estado para 2013 poderiam ser devolvidos aos contribuintes em obrigações do tesouro reembolsáveis a 3 anos, com juros equivalentes à inflação.
Essas obrigações poderiam ser emitidas em títulos transacionáveis de 10, 20, 30, 50 e 100 euros. Serviriam para pagar tudo, exceto dívidas ao Estado e importações e poderiam eventualmente ser trocadas por euros em taxas definidas pelo mercado. Os bancos poderiam, se o achassem conveniente, constituir depósitos em obrigações.
Tratava-se, em parte, de introduzir uma moeda paralela para usar dentro das nossas fronteiras durante alguns anos.
Os cálculos do Ministério das Finanças não seriam afetados, pelo menos durante esses três anos. Esse empréstimo interno não acarretaria juros reais. O Estado ficava com tempo para organizar as suas contas e ganharia com o mais que provável aumento nas receitas de IRC e de IVA. O desemprego poderia ser minorado.
A ideia será tola?

quinta-feira, 27 de setembro de 2012


                  

              O TÚMULO DE CAMÕES




Já se encontra nas livrarias o meu livro mais recente. Chama-se “O Túmulo de Camões” e decorre no século XXI. Numa época em que o ego dos portugueses está diminuído, convém trazer à memória as glórias antigas.
Luís de Camões e António de Faria terão sido contemporâneos no Oriente durante alguns anos. Que se saiba, nunca se cruzaram. O autor fá-los encontrar em Lisboa, no fim das vidas, pela mão de uma jovem professora de História obcecada com a origem das ossadas depositadas no túmulo do poeta.
O Túmulo de Camões cruza Os Lusíadas com a Peregrinação.
Luís de Camões ilustra uma das faces da epopeia. Glorificou a Expansão Portuguesa. Cantou os feitos heroicos, a honra e a coragem. Fernão Mendes Pinto foi mais adiante. Pôs a descoberto o lado escuro da navegação e da conquista. Retratou os seus compatriotas tal como eram, com as qualidades e os defeitos ampliados pela exaltação da época.
 António de Faria, cuja personalidade domina vários capítulos da Peregrinação, terá sido homem feroz e temido, pirata e carniceiro, miserável num dia, podre de rico na manhã seguinte, sem nunca gozar um tael dos muitos que roubou. Chegou, com outros como ele, a fazer parte dos pesadelos dos povos da região.
Ao embarcar para o Oriente, Camões levava na bagagem o conhecimento da literatura greco-romana. Valorizou-se, no contacto com povos diferentes e atingiu um sentimento de pertença universal. Se tivesse permanecido em Lisboa, não teria podido aliar ao seu talento a vivência de navegador e de soldado que humanizou Os Lusíadas. As navegações grandes alargaram-lhe os horizontes culturais e as dificuldades que experimentou no corpo enriqueceram-lhe a alma.
Os conquistadores foram sempre odiados. Todos os impérios foram do mal. Aproveitando a superioridade em técnica de navegação e em peças de artilharia, os marinheiros portugueses, que nunca chegaram a ser em grande número, instalaram-se em reinos distantes. Depois de passarem além da Tapobrana, saquearam e mataram. Afonso de Albuquerque foi um génio da guerra no mar. Com uma centena de navios e, quanto muito, dois milhares de homens sob as suas ordens, fechou as portas do Índico para o Pacífico, o Mar Vermelho e o Golfo Pérsico. Apenas os portugueses conheciam a rota que permitia dobrar o Cabo da Boa Esperança. Quem pretendia fazer comércio marítimo com os países ribeirinhos dum Oceano inteiro, era obrigado a pagar portagem aos cofres de Lisboa.
Os Lusíadas glorificam a descoberta, que está na origem do colonialismo. Ingleses, holandeses e franceses seguiram, mais tarde, as pegadas dos navegadores ibéricos. Os encontros interculturais redundaram em violência, com vantagem para quem dispunha de melhores armas. Seguiram-se vários séculos de opressão para povos de três continentes. O mito da supremacia branca e cristã foi imposto nas colónias europeias, a par do racismo. Durante muito tempo, Deus foi branco.

sábado, 15 de setembro de 2012



       PREVENIR A INSTABILIDADE 

                        SOCIAL





O nosso Primeiro e o nosso Seguro não sabem tudo. Se sabem, calam-se. Vá lá a gente imaginar por quê. Poderão faltar-lhes ideias.

Pedro Passos Coelho anunciou inabilmente decisões aterrorizadoras para as economias familiares. Para obviar as medidas que penalizavam os funcionários públicos e os pensionistas do Estado, “chumbadas” pelo Tribunal Constitucional, deu um salto em frente e resolveu “lixar” também os trabalhadores por contra de outrem.  O ministro Gaspar anunciou, dias depois, novos impostos.
Ambos assinaram sentenças de morte política. Poderão sobreviver "modestamente" em administrações de grandes empresas. 
   Nós não temos acesso a elas. O Portugal de brandos costumes começou a ferver. Não quero ser alarmista, mas receio que a Democracia esteja em perigo.
     Nunca gostei de fazer críticas sem apresentar alternativas e penso que elas existem.
     É possível reduzir o sufoco familiar, garantir algum poder de compra aos portugueses e suavizar a crise social que se perspetiva no horizonte.
Provavelmente, centenas ou milhares de pessoas estarão, um pouco por todo o País, a pensar mais ou menos o mesmo que eu. Serão as vantagens de não sermos economistas nem estarmos no Poder.
As necessidades de contração orçamental não são contornáveis. No entanto, as soluções para as assegurar não foram bem exploradas. 

As alternativas não têm aparecido. Votar contra o próximo orçamento de Estado pouco adianta, na ausência de propostas inovadoras.  
      Para cumprir um dever cívico, deixo aqui uma. Está longe de ser original, mas poderá funcionar. Foi experimentada, com sucesso, há mais de três décadas. Mário Soares, primeiro-ministro nos anos 80, decidiu substituir os subsídios de Natal por certificados de aforro reembolsáveis a prazo. A medida aquietou a sociedade.
      Trata-se agora de aceitar quase tudo o que o governo anunciou durante a última semana, mas transformar 80% dos novos impostos em títulos do tesouro a 3 ou 5 anos. 

O rendimento nem precisaria de ser alto. Poderia acompanhar apenas as taxas anuais de inflação. Constituiria um empréstimo compulsivo a médio prazo, quase sem juros.
As obrigações seriam transacionadas no mercado. Sem asfixiarem o orçamento do Estado, aliviariam o choque imediato nos rendimento dos trabalhadores portugueses e abririam uma janela de esperança para melhores dias. O impacto no orçamento seria limitado e as adaptações necessárias iriam necessitar de pouca engenharia contabilística.
Quanto ao aumento da contribuição dos trabalhadores do setor privado para a Taxa Social Única para os 7%, não acredito que se mantenha. Seria talvez preciso pôr a tropa na rua, e a tropa é também mal paga. A medida é tão estranha que a Troika se demarcou prontamente dela e os representantes dos empregadores a consideram desmedida. Alguma parte da ideia, contudo, há de ficar. Que seja transformada também em empréstimo interno compulsivo ao Estado.  
É tempo de aprender com os mais velhos! Temos mais de oitocentos anos de História.





MAIS TROIKISTA DO QUE A TROIKA




As grandes tempestades fazem grandes capitães. As grandes crises geram líderes de exceção. Era o que esperávamos.
Quando o País atravessa uma das tormentas mais graves da sua história multissecular, aguardava-se que quem tivesse nas mãos o leme do governo português demonstrasse, pelo menos, inteligência e bom senso.
O primeiro-ministro sofreu um surto agudo de infantilidade política e conseguiu unir Portugal contra ele. Até a Troika se demarcou apressadamente da irresponsabilidade das suas decisões. Pedro Passos Coelho deu um tiro no próprio pé.
Ninguém o defende nem apoia o seu governo. Muitas das figuras históricas do PPD voltaram-se abertamente contra ele. Não se trata de traição. Antes da fidelidade ao partido está a fidelidade à Pátria.
O ministro das Finanças é um académico sem experiência política.
O primeiro-ministro nem académico é. Tem apenas a experiência da juventude social democrática. Adicionou à crise económica e financeira uma crise política e talvez institucional.
Haja quem nos governe!

sexta-feira, 14 de setembro de 2012


                    MONARQUIA E REPÚBLICA









Sou republicano. Para além de concordar com a Declaração Universal dos Direitos do Homem que considera que todos os cidadãos nascem iguais em direitos, sempre achei que entregar a responsabilidade do mando ao jogo aleatório dos genes constituía uma imprudência. A seleção rigorosa dos candidatos a governar os destinos de todos nós parece-me desde há muito uma exigência natural.
Notícias antigas e recentes foram-me dando razão. O rei de Espanha andou em África a caçar animais de grande porte e fez-se acompanhar da amante. O azar de uma queda trouxe a viagem clandestina para as páginas da imprensa. O problema é dele e dos espanhóis. Respeito os nossos vizinhos e não quero saber da vida deles mais do que o que passa pela compra dos nossos produtos de exportação.
Um príncipe inglês fez-se fotografar despido em público. Perdoem o machismo, mas calhava-me melhor que fosse uma princesa. O problema é dos bretões. Não me aquece nem me arrefece, a menos que haja outro Ultimatum.
A verdade é que eu sonhei sempre com uma República diferente. Olho agora o meu País. Pedro Passos Coelho e António José Seguro parecem pintos da mesma ninhada. Bonitos, elegantes, excelentes oradores, passariam facilmente nos castings de admissão às telenovelas. Se dispõem de inteligência acima da média, escondem-na bem. Se têm ideias para enfrentar a crise que o País atravessa, não se dá por elas. Infelizmente, foram escolhidos pelos portugueses para governar.
Quando se generalizaram os critérios de marketing para a escolha de governantes, a democracia entrou numa rampa descendente e ninguém sabe onde irá parar. Como é sabido, os melhores candidatos ao escrutínio público raramente são os melhores governantes. As qualidades para cada uma das funções diferem substancialmente. Ao longo da História coincidiram ocasionalmente na mesma pessoa a capacidade de sedução das massas populares, o bom senso e a eficácia governativa. Trata-se de exceções. O resultado da regra está à vista. Reagan, um ator profissional foi presidente da maior democracia do mundo. Não fez pior nem melhor do que os outros.
Continuo a ser republicano. Reconheço contudo que El-Rei D. José Primeiro, por mais burro que fosse, teve a esperteza de escolher Sebastião José para mandar, evitando interferir na governação do País. 

terça-feira, 28 de agosto de 2012


FLORBELA ESPANCA
(Vila Viçosa, 1894, Matosinhos, 1930)


Alentejana arrebatada, Florbela Espanca atravessou a vida com inquietação e escolheu a morte prematura aos 36 anos. O acidente que, em 1927, vitimou o seu irmão Apeles, aviador da Marinha, terá fragilizado ainda mais o solo que pisava.
Apeles é um nome estranho entre nós. O pai chamou-o assim em homenagem ao pintor grego escolhido por Alexandre Magno para perpetuar a sua imagem.

                                                                                            Apeles é o terceiro da esquerda, em pé

Flor Bela e Apeles eram filhos ilegítimos de João Maria Espanca e de Antónia da Conceição Lobo. O pai começou por ser sapateiro mas fez-se antiquário, negociante de cabedais, fotógrafo e empresário de cinema. As crianças foram criadas na casa paterna, tendo a mulher legítima de João Espanca por madrinha.
Florbela Espanca foi das primeiras raparigas portuguesas a frequentar um Liceu. Começou a escrever versos na adolescência e assinou o seu primeiro conto aos treze anos. Casou, pela primeira vez, em 1913. Colaborou em algumas revistas de Évora e matriculou-se em Direito, na Universidade de Lisboa. Não foi longe no estudo universitário. Publicou a sua primeira obra, o volume de sonetos Livro de Mágoas em 1919.
Divorciou-se, casou, e voltou a divorciar-se e a casar. A sua depressão evoluía. Encontrou dificuldades em publicar os seus poemas. Até a sua obra-prima Charneca em Flor tardou a encontrar editor. O seu último marido foi um médico. Sabe-se que santos da casa não fazem milagres mas, ao tempo, não existiam medicamentos eficazes para combater o seu mal. Depois de várias tentativas, Florbela Espanca envenenou-se com barbitúricos, no dia do seu 36º aniversário. Diz-se que pediu para lhe colocarem no caixão os restos do avião em que morreu o seu irmão Apeles. 
    Há quem atribua à reação de Florbela com Apeles um caráter incestuoso. A acusação carece de fundamento.
Florbela Espanca deixou uma obra variada que inclui poesia, contos e um diário. Dos seus versos sobressaem o individualismo e a solidão, tantas vezes ligados na vida. A poetisa não se prende a analisar a política nem os problemas sociais do seu País. Canta, acima de tudo, a paixão. Cultivou o soneto, técnica poética de estranha longevidade, que terá nascido na Sicília no século XIII e foi aperfeiçoada por Petrarca. Apesar das regras que o espartilham, o soneto teve força bastante para atravessar todos os movimentos literários conhecidos.
Escolhi o poema Saudades para ilustrar este texto. Poderia ter optado por muitos outros.

                    SAUDADE


 Saudades! Sim… talvez… e porque não?...

 Se o nosso sonho foi tão alto e forte

 Que bem pensara vê-lo até à morte

 Deslumbrar-me de luz o coração!


 Esquecer! Para quê?... Ah, como é vão

 Que tudo isso, Amor, não nos importe.

 Se ele deixou beleza que conforte

 Deve-nos ser sagrado como o pão!


 Quantas vezes, Amor, já me esqueci,

 Para mais doidamente me lembrar,

 Mais doidamente me lembrar de ti


 E quem dera que fosse sempre assim:

 Quanto menos se quisesse recordar

 Mais a saudade andasse presa a mim!


                           Também publicado em O Canto dos Poetas


sexta-feira, 24 de agosto de 2012


                 FREI ANTÓNIO DAS CHAGAS



       Morei durante mais de um quarto de século na Rua Frei António das Chagas, em Setúbal, e pouco aprendi sobre o frade. Sabia vagamente que era poeta. Recentemente, resolvi recolher alguma informação.
Antes de professar, o homem chamava-se António da Fonseca Soares. Nasceu na Vidigueira em 1631 e morreu em Varatojo, perto de Torres Vedras, aos 51 anos. Pelo meio, ficou uma vida agitada.
Curiosamente, tal como Bocage, António Soares era filho de um magistrado e de uma senhora estrangeira. Estudou no colégio dos Jesuítas, em Évora, mas a morte do pai forçou-o a abandonar os estudos. O jovem alistou-se no exército e participou na Guerra da Restauração.
Começou cedo a fazer poemas. À maneira de Camões, usava numa das mãos a espada e na outra a pena e tornou-se conhecido como militar e como poeta. Tinha um feitio impetuoso. A mão da espada feriu de morte um rival, num duelo, e António da Fonseca Soares teve de se refugiar no Brasil. Passou três anos na Baía, sem ganhar grande juízo. Em 1656 voltou a Portugal e à guerra. Foi promovido a capitão, pela sua coragem.
Aos 31 anos de idade, voltou-se para Deus e fez-se monge na Ordem de São Francisco. A igreja apreciou sempre os pecadores arrependidos.
Frei António das Chagas chegou a ser um pregador conhecido em todo o País. Dizem que se esbofeteava no púlpito e que chegou a lançar um crucifixo para a assistência, para dar ênfase à pregação. No ano da sua morte, 1682, fundou em Setúbal o Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Brancanes.
Praticou variados géneros poéticos, dos sonetos aos madrigais e às glosas. O poema que aqui deixamos é uma pequena maravilha. Frei António das Chagas canta a efemeridade da vida.

          Deus pede estrita conta do meu tempo.
          E eu vou do meu tempo dar-lhe conta.
          Mas como dar, sem tempo, tanta conta
          Eu, que gastei, sem conta, tanto tempo?

          Para dar minha conta feita a tempo,
          O tempo me foi dado, e não fiz conta,
          Não quis, sobrando tempo, fazer conta,
          Hoje, quero acertar conta, e não há tempo.

          Oh, vós, que tendes tempo ser ter conta,
          Não gasteis vosso tempo em passatempo.
          Cuidai, enquanto é tempo, em vossa conta!
          Pois aqueles que, sem conta, gastam tempo,
          Quando o tempo chegar, de prestar conta
          Chorarão, como eu, o não ter tempo.

                              Também publicado em O Canto dos Poetas

segunda-feira, 20 de agosto de 2012




                             PALMELA


         CIDADE EUROPEIA DO VINHO 2012


            50ª edição da Festa das Vindimas


Quando os romanos conquistaram a Península Ibérica apelidaram de Lusitânia a Província situada a sudoeste. O nome não terá sido dado por acaso. Embora haja quem atribua origem céltica à palavra, a teoria mais generalizada fá-la derivar de Lusus, filho ou companheiro de Dionísio (ou Baco), o deus das vinhas e da loucura alegre que o vinho induz. Esta versão é corroborada por Luís de Camões, no Canto III de Os Lusíadas.
Uma das desilusões da minha vida foi descobrir que a capital da portuguesíssima Lusitânia era a bem espanhola Mérida (Emerita Augusta)
A nossa Lusitânia era, desde a Antiguidade, uma terra de bons vinhos. Não admira que Palmela, pela qualidade da sua vitivinicultura e pela inteligente e determinada ação da sua Câmara Municipal tenha sido designada Cidade Europeia do Vinho em 2012.
No ano desta nomeação, Palmela celebra, também, a 50ª edição do maior certame do concelho – a Festa das Vindimas.
Entre 30 de agosto e 4 de setembro, a Festa presta homenagem à vinha, ao vinho e a todos os que se dedicam ao trabalho da terra. Momentos de grande tradição, como a Eleição da Rainha das Vindimas (a 29 de agosto), o Cortejo de Camponeses, a Pisa da Uva e a Bênção do 1º Mosto ou os Cortejos Alegóricos, são alguns dos pontos altos do cartaz da responsabilidade da Associação de Festas de Palmela, com o patrocínio da Câmara Municipal.
                                                                                                    
                                                                             Também publicado em O canto dos Poetas