ALMENDRA
Os amigos que visitam este
blogue com alguma regularidade têm certamente reparado no ritmo variável da
publicação de novos artigos. Esclareço que não sofro de uma perturbação
maníaco-depressiva da personalidade, com períodos alternados de sentimentos de exaltação
e de minoração. O que se passa é que quando me empenho na escrita de livros,
deixo os blogues para trás. A obra que estou a ultimar sobre Amílcar Cabral
representou uma exceção, uma vez que foi sendo publicada em rascunho à medida
que nascia. Terminei agora a revisão «grande» deste trabalho. Irá seguir-se um
estágio na gaveta, para que possa madurar antes de receber os retoques finais.
O «Historinhas da Medicina»
tem sido mais prejudicado pela minha falta de disponibilidade. Curiosamente,
apesar de contar com pouco mais da quarta parte das 263 publicações do «De cá e
de lá», tem visto o número de leitores crescer. As suas visitas representam já
40% do conjunto dos dois blogues, com a particularidade de a maioria provir do
Brasil e incluir uma participação significativa de alguns países de língua
espanhola da América Latina.
Julgo que é tempo de dar
mais atenção neste blogue à terra que me viu nascer.
Aproveitando o reencontro
com o meu conterrâneo e amigo de longa data António Moreirão, iremos publicar uma dúzia de pequenos artigos sobre Almendra e a região em que está
inserida.
Almendra é a maior
freguesia do concelho de Foz Coa. Em anos recentes, Foz Coa deixou de ser «Vila
Nova» para ser promovida a cidade enquanto Almendra voltava a ser vila, como
tinha sido durante mais de cinco séculos (desde 1298 até à reforma administrativa
de Fontes Pereira de Melo, em 1855). São visíveis as ruínas da sua Câmara
Municipal.
A estação de Almendra, na
extinta Linha do Douro, era a última antes da fronteira de Barca d`Alva. Da
linha do caminho-de-ferro à vila vão 13 quilómetros de estrada serpenteante.
Almendra é terra de amêndoa, azeitona e vinho. Em anos recentes, as suas terras voltaram a receber bacelos, uma
prática interrompida pela praga de filoxera que devastou as vinhas portuguesas
por volta de 1870. A conhecida marca de vinhos «Barca Velha» é produzida a
partir de uvas produzidas nas terras de Almendra.
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