DE CÁ E DELÁ

Daqui e dali, dos lugares por onde andei ou por onde gostaria de ter andado, dos mares que naveguei, dos versos que fiz, dos amigos que tive, das terras que amei, dos livros que escrevi.
Por onde me perdi, aonde me encontrei... Hei-de falar muito do que me agrada e pouco do que me desgosta.
O meu trabalho, que fui eu quase todo, ficará de fora deste projecto.
Vou tentar colar umas páginas às outras. Serão precárias, como a vida, e nunca hão-de ser livro. Não é esse o destino de tudo o que se escreve.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

                   SINCELO




                              António Moreirão

O sincelo deriva da cristalização de gotas de água extremamente ténues, ínfimas, só visíveis ao microscópio, que constituem o nevoeiro e assentam numa superfície sólida a temperatura negativa. Porém, para acontecer sincelo, é necessário que haja uma combinação especial, resultante da proporção adequada dos elementos “frio” e “nevoeiro”. Tem acontecido que logo que algum destes elementos se altera, o sincelo desaparece.


Dando um salto para a culinária, podemos fazer a analogia com o “ponto de rebuçado”. Para dada quantidade de açúcar deve existir determinada medida de água e vice-versa.



Como o meu amigo António Moreirão economizou no texto, achei por bem acrescentá-lo com uma nota tirada da Wikipedia.


    Sincelo é um fenómeno meteorológico que acontece em situações de nevoeiro aliado a uma temperatura de -2º C a -8º C e resulta do congelamento das gotas de água em suspensão, quando estas entram em contacto com a superfície. Quando sob um nevoeiro muito denso, pode produzir o mesmo efeito que uma nevada e ocorrer a precipitação de cristais de gelo em pleno nevoeiro, sem haver nuvens no céu. Não deve ser confundido com geada. A película de gelo forma-se em qualquer superfície que contacte com a neblina, dando às folhas e caules das árvores uma aparência vítrea.
  

As fotografias provém da Foto Arco-Íris, de Trancoso.

1 comentário:

  1. Bom dia desde Leiria, terra de "moura encantada" que nunca encontrei, nem no bairro das Almoínhas. Mas encontrei hoje este delicioso blogue, quando procurava novas do Sr. Moreirão que conheci em Trancoso, onde fui pela primeira vez num dia gelado de Outono (?) de 1974. Do autocarro Viúva Carneiro contemplava, estupefacto, árvores que pareciam de vidro - era o famoso sincelo que este blogue tão bem descreve. Recordo essa beleza como se a tivesse visto hoje!
    Obrigado pelo avivar da memória da natureza e de Pessoas não menos memoráveis.

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