Nada há para festejar:
falta outra maçã no pomar da existência.
Que versos direi no fim?
Restam-me sonhos pequenos
e a voz tropeça.
Ouço o vento,
retalhado
por asas de andorinha.
Os passos que faltam
são fáceis de contar.
Há que partir
para o lago que baralha as recordações,
onde o amanhã é negado.
A embarcação aguarda o passageiro único
e este cais não sabe de chegadas.
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