ATENTADO
DE MANCHESTER
Passei uns dias em Itália,
com a minha mulher. Estivemos em Milão nos dias 21 e 22 de maio.
Mesmo sabendo que vivemos
tempos inseguros, surpreendeu-nos o aparato policial.
Após longa caminhada, sentámo-nos,
a descansar, junto ao Scala, perto da estátua de Leonardo da Vinci. Tínhamos em
frente, a poucos metros de distância, um par de militares. Um deles nunca
afastava o dedo do gatilho da pistola-metralhadora.
Voltámos ao metro e continuámos
o passeio. Esta fotografia foi tirada da parte de frente da Estação Central de
Milão. A ideia era fixar a grande maçã a meio da praça. Veem-se, estacionadas à
direita, viaturas do Exército. Uma carrinha azul da Polícia ia dando voltas
ao recinto.
Dia 23, demos conta, no
ecrã televisivo do comboio de alta velocidade que nos conduzia a Florença, do
brutal atentado dirigido contra crianças e adolescentes que saíam dum concerto pop, em Manchester. Soltaram-se os
ventos do ódio e da selvajaria e ninguém sabe como reconduzi-los às escuras cavernas
que os continham.
Dia 25, de volta a Milão, repetimos
a caminhada de dias antes. A presença policial era então bem mais discreta.
É quase impossível não
pensar que as autoridades policiais italianas, assim como, provavelmente, as
forças de segurança da maior parte dos países europeus, tinham sido avisados da
iminência de um atentado terrorista. Saberiam quando, mas não saberiam onde.
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