DE CÁ E DELÁ

Daqui e dali, dos lugares por onde andei ou por onde gostaria de ter andado, dos mares que naveguei, dos versos que fiz, dos amigos que tive, das terras que amei, dos livros que escrevi.
Por onde me perdi, aonde me encontrei... Hei-de falar muito do que me agrada e pouco do que me desgosta.
O meu trabalho, que fui eu quase todo, ficará de fora deste projecto.
Vou tentar colar umas páginas às outras. Serão precárias, como a vida, e nunca hão-de ser livro. Não é esse o destino de tudo o que se escreve.

domingo, 7 de novembro de 2010

AO MAR NÃO VOLTO!


Rosna o mar,

o lobo turvo,

bem me chama

"companheiro"...

Se a nortada

me procura,

busca em vão.


Virei costas

ao Império,

deixei a nau

encalhar.

Rizei panos

à lembrança,

vou cambar.


Se, nas ondas

do meu sangue

der à praia

um lenho velho


hei-de enterrá-lo na areia!

Ao mar, não volto!

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