DE CÁ E DELÁ

Daqui e dali, dos lugares por onde andei ou por onde gostaria de ter andado, dos mares que naveguei, dos versos que fiz, dos amigos que tive, das terras que amei, dos livros que escrevi.
Por onde me perdi, aonde me encontrei... Hei-de falar muito do que me agrada e pouco do que me desgosta.
O meu trabalho, que fui eu quase todo, ficará de fora deste projecto.
Vou tentar colar umas páginas às outras. Serão precárias, como a vida, e nunca hão-de ser livro. Não é esse o destino de tudo o que se escreve.

domingo, 14 de março de 2010

MADRUGADA


Frescura,


namorada,


rir de luz,




pátria de pássaros,


barca,




solta no ar os versos do pão novo,


o marullhar de abril no ano todo,


dá lume à voz da nossa terra amada!
Fotos: Nu com jarros, Diego Rivera
Também publicado em O BAR DO OSSIAN

1 comentário:

  1. Trabulo

    Uma notinha à pintura.


    Então depois,
    a linguagem
    é um fardo,

    as palavras estorvam
    a musicalidade das mãos
    e a viagem das bocas;

    já o rumorejar das águas,
    o ciciar dos ventos
    e o leve leve das searas

    em cachoeira de elementos
    nas asas das dunas
    semearão fortunas!


    Um Abração.

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