QUEM SE LEMBRA DO FERDINANDO?
Ferdinando é o primeiro
personagem de banda desenhada de que me lembro. Conheci-o antes mesmo de
aprender a ler, nos últimos anos da década de 40 do século passado. Vinha num
jornal de grande formato que o meu pai comprava. Depois de lido, servia de
papel higiénico. Julgo que era o Comércio do Porto.
Foi criado pelo artista
dinamarquês Mikkelsen, em 1937. Era conhecido por não ter balões de diálogos e por
cada pequeno conjunto de desenhos contar uma história independente. Teve, a
seguir a Mik, outros desenhadores. Foi publicado até 2012, em mais de cem
jornais de 30 países.
Ferdinando é um homem de
meia-idade, casado, com um filho e um cão. Tem a face redonda, o nariz comprido
e redondo, bigode e usa um chapéu cónico peculiar. O
filho usa um chapéu igual. Ferdinando vai desempenhando profissões variadas,
conforme a conveniência do autor.
Não há diálogos na banda
desenhada, não sendo necessária tradução. Ocasionalmente, aparecem nomes de cidades ou pontos de
interrogação ou de exclamação.
Mikkelsen, que assinava
Mik, mudou-se para os Estados Unidos em 1946 e desenhou até morrer, em 1982.
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