domingo, 8 de maio de 2016

QUEM SE LEMBRA DO FERDINANDO?

    


Ferdinando é o primeiro personagem de banda desenhada de que me lembro. Conheci-o antes mesmo de aprender a ler, nos últimos anos da década de 40 do século passado. Vinha num jornal de grande formato que o meu pai comprava. Depois de lido, servia de papel higiénico. Julgo que era o Comércio do Porto.
Foi criado pelo artista dinamarquês Mikkelsen, em 1937. Era conhecido por não ter balões de diálogos e por cada pequeno conjunto de desenhos contar uma história independente. Teve, a seguir a Mik, outros desenhadores. Foi publicado até 2012, em mais de cem jornais de 30 países.



Ferdinando é um homem de meia-idade, casado, com um filho e um cão. Tem a face redonda, o nariz comprido e redondo, bigode e usa um chapéu cónico peculiar. O filho usa um chapéu igual. Ferdinando vai desempenhando profissões variadas, conforme a conveniência do autor.


Não há diálogos na banda desenhada, não sendo necessária tradução. Ocasionalmente, aparecem nomes de cidades ou pontos de interrogação ou de exclamação.
Mikkelsen, que assinava Mik, mudou-se para os Estados Unidos em 1946 e desenhou até morrer, em 1982.

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