domingo, 7 de novembro de 2010

AO MAR NÃO VOLTO!


Rosna o mar,

o lobo turvo,

bem me chama

"companheiro"...

Se a nortada

me procura,

busca em vão.


Virei costas

ao Império,

deixei a nau

encalhar.

Rizei panos

à lembrança,

vou cambar.


Se, nas ondas

do meu sangue

der à praia

um lenho velho


hei-de enterrá-lo na areia!

Ao mar, não volto!

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