segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

MAR DO NORTE



Quando vier Abril
intumescer de novo o leme eterno
hei-de buscar o Norte,

reencontrar a máscara polar
onde a palavra do mar
se expressa
dura e branca.

Quando vier Abril,
o sorriso da terra,
e a barca estiver cheia
(presunto, azeite e vinho)
hei-de rumar a Norte!

Que mais posso fazer, se a Primavera urge?

Impossível olhar
a barca abandonada.
Fotografias do autor

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